Perigo na encosta. Moradores esperam desde dezembro de 2011 pelas obras de contenção


Do alto da servidão Formiga, à beira do abismo deixado pela rocha que deslizou em dezembro, se tem visão dos prédios do Fórum, da Assembleia Legislativa e do imenso buraco onde estavam as 20 casas atingidas – a maioria ocupada há 50 anos. Vera Lúcia Cardoso vivia numa das moradias e complementava a renda com o aluguel de três quitinetes, no mesmo terreno. “Hoje, ela que paga aluguel”, contou Adelina de Oliveira, que está na mesma situação.
Marcelo Ferreira, líder comunitário, contou que muitas famílias estão complementando o valor do aluguel. “Esse auxílio da prefeitura não paga uma casa. As pessoas dão mais R$ 200 do bolso”. A secretária de Assistência Social, Dalva Maria de Luca Dias, explicou que a verba é paga sem auxílio federal: “Eu acho até bastante, se comparado ao governo federal. Eles pagam um salário mínimo, e tem um poder de arrecadação muito superior”, disse.
Desde a tragédia, o esgoto escorre no morro da Mariquinha, e só na última semana, foi consertado o sistema cloacal. “Uma vergonha, sujava todas as ruas”, contou Adelina. Outro problema sanitário é o lixo acumulado na cratera. A população está usando o local onde ficavam as casas para jogar entulhos e lixo doméstico.
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