21 de outubro de 2011

Embargo da obra do Hospital Regional de Biguaçu completa um mês

Anvisa afirma que o projeto da unidade fere as normas que regulamentam este tipo de edificação

 

Obra de construção estaria irregular e entidade responsável pelo hospital pode ter que pagar por adequações
Foto:Caio Marcelo / Agencia RBS

O embargo da obra do Hospital Regional de Biguaçu, que completou um mês nesta quinta-feira, parece longe de chegar ao fim. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que o projeto da unidade fere as normas que regulamentam este tipo de edificação.

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Segundo a agência, há 112 irregularidades no projeto, entre eles problemas na UTI neonatal. Para a Anvisa, o hospital, que seria inaugurado em dezembro, terá que ser reformado para se adaptar. Enquanto o problema não for resolvido, não há data para a retomada das obras.

A Secretaria da Saúde de Biguaçu busca uma solução junto à Organização Mundial da Família (OMF), responsável técnica pela projeto, que garante: o hospital está totalmente de acordo com as resoluções da Anvisa.

A diretora da Vigilância Sanitária Estadual, Raquel Bittencourt, que representa a Anvisa, afirma que as soluções para as irregularidades são complexas e precisam ser encaminhadas em conjunto com o órgão estadual e os responsáveis pelo projeto.

— A obra foi executada conforme o projeto, que tem inconformidades.

Segundo a diretora, o Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, passou pela mesma situação e, por causa do grande número de problemas técnicos, demorou muito mais do que o previsto para entrar em funcionamento.

Foram três anos para resolver e eles inauguraram com correções a serem feitas. Os erros precisam ser corrigidos no projeto e na obra. Se fosse só uma questão de papéis, a gente não teria interditado o hospital.

O secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro Adriano de Barros, espera esclarecimentos da OMF, que rebateu as irregularidades apontadas.

— Nós esperamos que eles alterem o que for necessário ou justifiquem legalmente se não forem mudar — diz.

Ele garante que o município não terá ônus em eventuais adaptações.

— A OMF vai ter que arcar com todas as despesas. Eles têm a responsabilidade técnica. Se não resolverem o problema, a gente vai resolver com recursos do município e cobrar o ressarcimento na Justiça.

Fonte: DC 21/10/2011

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