20 de março de 2012

Lagoa da Conceição Agonizando

A Comissão de Turismo e Meio Ambiente, realizou nesta terça-feira (20) audiência pública para discutir ações para recuperação e revitalização da Lagoa da Conceição, que atualmente enfrenta problemas de assoreamento e despejo de efluentes.
O debate, aconteceu no Plenarinho da Assembleia Legislativa, às 10 horas. Foi um momento muito importante de discussão sobre o saneamento da Lagoa e de todo o seu entorno, com a participação de entidades ambientais, secretarias estaduais e organizações não governamentais.

A audiência foi proposta pelo Dep. Edison Andrino e contou com também o ministério público federal representado na pessoa da Procuradora Ana Lúcia Rakmen. Todas as falas foram no sentido de que a Lagoa precisa de solução imediata, principalmente a parte sul - Lagoa pequena , onde já não tem mais vida o suficiente para criar peixes e crustáceos. A denuncia de que moradores e comerciantes jogam dejetos in natura nas aguas da Lagoa e que poluições oriundas do Bairro Rio vermelho, Canto da Lagoa e começo do Rio Tavares. O excesso de animais soltos e lixos nas calçadas que com as chuvas são levados para dentro da Lagoa, bem como o elevado teor de coliformes fecais humano e animal é muito alto. Em fim, a comunidade já não suporta mais ver seu "cartão postal" , tratado desta maneira pelas autoridades e moradores sem consciência, e que já não é mais o mesmo  balneário de 35 anos atrás.
O saneamento básico é uma obrigação que não está sendo cumprida por quem de direito.


Prefeituras devem implantar a rede de esgoto, as cias de fornecimento devem fornecer a água tratada, coletar e tratar os esgotos.  As prefeituras não gostam de enterrar canos pois seus administradores (prefeitos) acham que isso não rende retorno, nem econômico nem em votos.
As cias fornecedoras, a maioria estaduais, se limitam a tratar e fornecer a água, e despejam o esgoto in natura em cursos d'água, alegando não ter recursos para para fazer o tratamento de esgoto. Na verdade, elas ficam com a parte mais lucrativa que é a venda da água e não conseguem terceirizar apenas o tratamento de esgoto porque  isso não dá lucro. Nenhuma empresa privada aceita ficar apenas com o prejuízo sem levar a parte lucrativa junto e isso gera um círculo: as cias estaduais não tem dinheiro para investir, mas por querer ceder monopólio de fornecimento de água não conseguem passar adiante o esgoto e tudo fica por isso mesmo.
Porém, o saneamento é um dever desses órgão públicos, o problema é que não se sentem obrigados a fazer. Não é possível continuar com a desculpa de faltas de verbas para as obras necessárias quando pagamos impostos tão altos.




Um comentário:

  1. Curiosamente, não foi debatido o conteúdo do link abaixo:



    Clique: http://www.trf4.jus.br/trf4/noticias/noticia_detalhes.php?id=6960

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