17 de outubro de 2011

Greve dos bancos chega ao fim na maior parte de Santa Catarina

Depois de 21 dias greve deve terminas na maior parte de Santa Catarina - Artur Moser / Agencia RBS

Nove das 10 assembleias desta segunda-feira aprovaram a proposta da Febraban

Janaina Cavalli | janaina.cavalli@diario.com.br

Chega ao fim a greve dos bancários na maior parte de Santa Catarina. De dez assembleias regionais realizadas nesta segunda-feira, até o final desta edição, nove aprovaram a proposta da Febraban de reajuste salarial de 9%. Também foram discutidas as propostas específicas do Banrisul, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

A proposta da Fenaban, que vale para os bancos privados e serve como base de negociação para o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, estabeleceu reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, válido a partir de 1º de setembro. O valor do piso sobe de R$ 1.250 para R$ 1.400.

Os bancários conseguiram, também, aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e passam a receber da instituição em que trabalham até 2,2 salários por ano.

— Na minha análise, os 9% ainda são insuficientes, mas a valorização do piso salarial é condizente com as nossas reivindicações. Em todo o caso, já estávamos entrando no vigésimo dia de greve e ficaria complicado continuar com a paralisação. Chegamos, com a Fenaban, a uma proposta apresentável aos trabalhadores — afirmou João Barbosa, presidente da Federação dos Estabelecimentos Bancários do Estado (FEEB-SC).

Em Florianópolis, com aproximadamente 500 bancários, a assembleia acatou à proposta da Febraban e do Banco do Brasil, mas não a da Caixa. Os funcionários do banco esperam um avanço na proposta, que inclui a manutenção da PLR Social, valorização do piso e ampliação do quadro em 5 mil funcionários até final de 2012, e fazem nova assembleia nesta terça-feira às 9h. O sindicato considerou a proposta da Caixa insuficiente, por não apresentar avanços em relação à isonomia (igualdade de salários para todos os funcionários) e porque o aumento do piso não é refletido em toda a carreira, segundo os trabalhadores.

Banrisul, Caixa e Banco do Brasil negociam à parte com os bancários. O BB oferece também um reajuste salarial de 9%, mas uma valorização do piso de 10%, abaixo da proposta pela Febraban. Além disso, propõe a contratação de 2 mil adolescentes, que não foi reivindicada pelos bancários. As regionais de Chapecó e Xanxerê rejeitaram o acordo com o BB e fazem nova assembleia na terça-feira.

Em Joaçaba e Lages, todos os bancos, com exceção do Banrisul, voltam a funcionar.

O fim da paralisação de todos os bancários de Lages movimentou as agências do município. As filas ficaram maiores do que o normal compensando os dias que as agências ficaram fechadas. Muita gente teve que enfrentar horas de espera para conseguir um atendimento.

Às 16h as portas fecharam e muita gente continuou chegando e reclamando:

— Já que fizeram greve, agora deveriam ficar até mais tarde — reclamou uma senhora que chegou depois das 16h.

A agência mais movimentada foi a da Caixa Econômica Federal, no Centro de Lages, que permaneceu atendendo muitos clientes depois do horário de fechamento.

Em Lages, o Banrisul negocia diretamente com o governo do estado do Rio Grande do Sul e não com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Banrisul não tem previsão de retomada dos serviços.

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